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O que existe de comum entre o cupim e um boi ou ruminante?

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O que existe de comum entre o cupim e um boi ou ruminante?

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A resposta você encontrará no decorrer deste artigo.

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Estamos em um período crítico do ano: a primavera. Época em que a vida começa a acordar, quando falamos de pragas urbanas. Os cupins vivem escondidos a maior parte do ano e só são percebidos a partir de setembro, com o aumento das temperaturas. Quando saem dos ninhos, formam revoadas de acasalamento. São chamados de siriris ou aleluias. Para os cupins, as temperaturas elevadas são ótimas, pois as colônias têm mais chances de se reproduzir.

Figura 1 – exemplo de revoada de cupins reprodutores, chamados de siriris ou aleluias.

No Brasil, existem cerca de 300 espécies de cupins, mas apenas algumas delas são consideradas pragas, causando danos econômicos e estruturais. Eles são insetos sociais e vivem em colônias que podem conter milhões de indivíduos. A colônia é dividida em castas, sendo as principais: rainha – é a responsável pela reprodução da colônia; rei – é o macho da colônia; soldados – são responsáveis pela defesa da colônia; e trabalhadores – são responsáveis pela coleta de alimento, construção do ninho e cuidado com as larvas.

Os cupins impactam muito as estruturas, e não somente a madeira acaba virando perda ou prejuízo. Por incrível que pareça, o alumínio também pode ser alvo de cupins. Certamente, eles não comem ou roem o alumínio, mas aderem com seus trilhos de matéria orgânica às peças de alumínio, inutilizando-as definitivamente. Fazendo com que elas retornem à condição de sucata.

Figura 2 – Peça de alumínio com vestígios de trilhos de cupins imagem cedida pela autora

Muitas verdades e não verdades são ditas a respeito desse inseto. Vamos ver algumas delas:

1 – Cupim come concreto – falso.

Na verdade, o concreto trabalha expandindo e contraindo de acordo com a temperatura exterior, formando fissuras que são usadas pelos cupins para dar passagem a seus trilhos e chegar ao ponto de interesse, ou seja, a madeira que contém a celulose, o alimento preferencial desses insetos.

O cupim só come materiais que contenham celulose, que é um composto orgânico, um polissacarídeo que consiste em uma corrente linear de algumas centenas a milhares de unidades de glicose. A celulose é o principal componente dos tecidos de plantas verdes e é o mais comum composto orgânico encontrado na natureza. Cerca de 33% de todas as plantas é feito de celulose.

Figura 4 – celulose – imagem da internet

Respondendo à pergunta deste artigo, o que existe de comum entre os cupins e um boi ou ruminante é a capacidade de digerir celulose. As duas espécies alimentam-se de fibras vegetais, que são digeridas graças a microrganismos (protozoários) simbiontes que vivem dentro do rúmen (bovinos) e do trato intestinal de cupins. É isso que os dois organismos têm em comum.

2 – Os cupins liberam um pó que cai dos buracos como resíduo – verdadeiro.

Verdadeiro quando falamos de cupim de madeira seca ou de brocas. Vamos falar sobre as brocas mais adiante.

Na verdade, os cupins trabalham silenciosamente, no escuro, em locais expandidos para fazer os seus ninhos. Estamos falando de cupins subterrâneos, da espécie Coptotermes gestroi, que é a mais conhecida por gerar grandes prejuízos às estruturas urbanas. É uma espécie exótica, ou seja, veio de outro país, não é nativa, e por isso acabou encontrando ambiente mais favorável, sem predadores conhecidos. O gênero Coptotermes abrange 48 espécies, das quais 23 são orientais. Nem todas as espécies do gênero Coptotermes são invasoras de estruturas, porém as que o fazem, como a espécie C. gestroi, o fazem melhor do que todas as espécies de cupins existentes. Podem formar colônias de alguns milhões de indivíduos e seus túneis de forrageamento podem alcançar 100 metros de extensão.

Figura 5 – Coptotermes gestroi (cupim subterrâneo) –imagem cedida pela autora

Figura 6 – túnel feito por cupim subterrâneo – imagem cedida pela autora

Temos também os estragos causados por cupins de outra espécie: Cryptotermes brevis. Essa espécie ataca somente peças de madeira, portas, móveis e outras estruturas. A presença do cupim de madeira seca, como essa espécie é chamada, é revelada por montes de resíduos fecais que transbordam para fora dos furos na madeira. Esses resíduos fecais são ásperos ao toque e, na lupa, são bolotas estriadas bem características. Esses insetos não penetram nas estruturas de alvenaria, atacando diretamente as peças de madeira.

Figura 7 – bolotas fecais de cupim de madeira seca – imagem cedida pela autora

Além dos cupins subterrâneos e dos cupins de madeira seca, temos as brocas. Essas não são insetos sociais, ou seja, não estão organizadas em uma estrutura social com rei, rainha, operários e soldados. Na verdade, são insetos solitários, que perfuram a madeira para ali colocar os seus ovos. As larvas que saírem desses ovos é que vão causar o estrago. São pequenos besouros, porém, às vezes, podem causar estragos mensuráveis, atacando portas, janelas, armários, pallets e outras peças de madeira.

Figura 8 – broca de madeira – imagem cedida pela autora

Os danos causados por esses insetos aparecem na forma de pequenas perfurações com furos bem arredondados, por onde sai um pó bem fino semelhante a talco. Esse pó é resultante do trabalho feito pelas larvas na sua permanência dentro da madeira.

Figura 9 – perfurações feitas por brocas – imagem cedida pela autora

Resumindo, esse período do ano é uma época em que todos esses insetos estarão ativos. O fato positivo é que, diante dessa atividade, é possível observar e chegar às origens da infestação e conseguir a sua erradicação. Tudo tem seu lado bom e ruim na vida. Nesse caso, esse é o lado bom. O ruim é que há um custo para realizar o trabalho de eliminação desses insetos, porém quanto mais cedo a sua presença for percebida, melhor e menor o custo da intervenção.

Os cupins são uma praga difícil de controlar. O controle de cupins deve ser realizado por profissionais especializados, que irão identificar a espécie de cupim e aplicar o método de controle mais adequado.

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Se você suspeitar de uma infestação, chame um profissional de controle de pragas. Eles podem ajudar a identificar a praga e fornecer tratamentos eficazes para eliminá-las. Aqui mesmo em nosso site, você pode encontrar. Basta clicar aqui: Empresas Filiadas e encontre uma perto de você.


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