No Brasil, assim como em todo o planeta, ocorrem muitas espécies de roedores. Entre elas, os famigerados ratos, um nome tão popular que, às vezes, pode nos confundir e passamos a acreditar que todos esses animais são a mesma coisa, mas não é bem assim… Primeiro temos que lembrar que, como nosso país tem uma fauna muito rica, existem várias espécies de roedores silvestres, e muitos não causam perigo nenhum para o homem. No entanto, há outros com mais interesse por causar danos à agricultura (atacando as plantações ou os depósitos de alimento) ou à nossa saúde, como é o caso das simpáticas Capivaras, que são parasitadas por carrapatos que podem nos transmitir doenças muito sérias, como a febre maculosa (mas isso é assunto para outro papo).
Entre os roedores que foram trazidos para o Brasil, três espécies se adaptaram muito bem ao ambiente modificado pelo homem e ao clima passando a se comportar como pragas: os camundongos (Mus musculus) que tem origem na Europa; o rato de telhado (Rattus rattus) e o rato de esgoto (Rattus norvegicus), esses dois últimos trazidos de regiões da Ásia. Esses animais proliferam com uma velocidade muito grande em ambientes onde encontram as condições adequadas e fartura de alimento. Como não são animais exigentes, comem praticamente qualquer coisa, incluindo restos de nosso alimento, frutos animais (inclusive outros ratos), lixo e mesmo fiações elétricas, já tendo causado curtos-circuitos e incêndios.
Embora sejam bastante semelhantes, existem algumas diferenças que ajudam a identificar cada um desses roedores, o que é muito importante para planejar as ações de prevenção e controle:
Camundongos
Entre esses animais, os camundongos são os menores de todos. Além do seu tamanho reduzido, têm uma série de adaptações no esqueleto que permitem que passem através de frestas e buracos muito pequenos. Além disso, também abrem caminho roendo quase todo tipo de material como madeira e concreto, por isso podem ser encontrados desde buracos no solo até dentro de móveis e eletrodomésticos, forros de paredes etc, de onde saem, preferencialmente à noite, para buscar alimento. Sua pelagem é cinza ou marrom e suas orelhas são proporcionalmente grandes em relação ao corpo, o que indica uma ótima audição. Sua cauda é longa e fina e os camundongos a utilizam para equilibrar o corpo quando precisam. Assim como os outros ratos considerados praga, os camundongos, além dos prejuízos comerciais que causam roendo móveis, roupas e fiações, também contaminam o ambiente e os alimentos com seus pelos, saliva, urina e fezes, que por sua vez, podem transmitir doenças graves, principalmente dois tipos de infecções, a salmonelose e a hantavirose, que se não tratadas adequadamente podem evoluir a óbitos.
Ratos de telhado
Bem maiores que os camundongos, os ratos de telhado têm um colorido mais escuro, variando entre o cinza e o preto. Suas orelhas e cauda também são proporcionalmente grandes em relação ao corpo. São muito esguios e ágeis, com uma capacidade de escalada muito desenvolvida (daí seu principal nome popular) chegando com facilidade as copas de árvores, sótãos e aos telhados das construções. Quando encontram uma boa fonte de alimentos é comum visitarem várias vezes esse local durante a noite, utilizando sempre o mesmo caminho, o que faz com que a gordura do seu corpo deixe marcas pelo trajeto de acesso (o que ajuda a identificar a infestação e o seu controle). Além dos mesmos danos materiais e da transmissão de salmonelose que os camundongos podem causar, os ratos de telhado são agentes transmissores do tifo murino além disso, podem causar a leptospirose, uma doença grave que também é transmitida por seus “primos”, os ratos de esgoto.
Ratazanas
As ratazanas (um outro nome popular dado aos ratos de esgoto) são animais pesados e robustos com uma pelagem avermelhada, orelhas e cauda curtas. Mesmo mais “parrudas” são animais fortes e com bastante agilidade, sendo capazes de pequenos saltos quando se sentem ameaçadas. Vivem em tocas no solo próximas à água, são comuns em margens de riachos, córregos e rios. Uma característica que, associada à sua boa capacidade de natação, facilitou muito a colonização das galerias de esgoto e outras instalações com água feitas pelo homem, que muitas vezes servem de caminho para o interior de nossas construções. As ratazanas são responsáveis pela transmissão de doenças como a leptospirose e a peste bubônica, além da hantavirose e salmonelose.
Esses roedores também podem causar a febre da mordida do rato, o tétano e a raiva. Além desses problemas de saúde, a proliferação de roedores nas proximidades do homem é um fator de atração para serpentes venenosas, como as jararacas e cascavéis, que se alimentam desses animais.
Nos casos de suspeita de qualquer dessas doenças, deve-se buscar atendimento médico imediato.
As principais medidas de prevenção a roedores são a eliminação das fontes de alimento e dos pontos de acesso desses animais às nossas construções.
Mas não podemos deixar de lembrar que, assim como todos os animais, os roedores têm um papel importante na natureza, servindo como dispersores de sementes, decompositores de matéria orgânica e servem de alimento para outros animais, além disso tudo, muitos medicamentos que usamos no dia a dia foram desenvolvidos ou são testados em linhagens especiais de ratos e camundongos criadas e mantidas em laboratório sob condições controladas.
E você, já teve problemas com infestações de ratos ou outros roedores em sua casa ou local de trabalho? Como você lidou com essa situação?
Se você suspeitar de uma infestação de pragas, chame um profissional de controle de pragas. Eles podem ajudar a identificar a praga e fornecer tratamentos eficazes para eliminá-las. Aqui mesmo em nosso site, você pode encontrar. Basta acessar no menu inicial: Empresa Filiada e encontre uma perto de você.
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