Procura
Procura

Pragas e povos tradicionais

Leia mais sobre a postagem

Pragas e povos tradicionais

acervo de imagens pago PICCIP/todos os direitos reservados

A maioria das vezes, quando falamos em controle de pragas e vetores a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas é o uso de inseticidas ou repelentes químicos, não é mesmo?

Mas você já parou para pensar como era feito esse controle ANTES do desenvolvimento desses produtos, que, na verdade, só se popularizaram muito recentemente, depois da segunda guerra mundial, há menos de 100 anos? Pois é! 

Mas, como nossos ancestrais se protegiam desses animais que sempre representaram sérias ameaças à saúde e ao bem-estar das pessoas?

Existem vestígios arqueológicos que mostram o aparecimento de animais como pragas mesmo antes do início da organização dos primeiros aglomerados humanos, que aos poucos foi se tornando as cidades que vivemos hoje. A história da evolução da relação entre os homens e as pragas é um assunto tão interessante e rico que merece um artigo exclusivo e detalhado que já está vindo por aí…

Mesmo quando os homens vagavam pelo planeta, seguindo os animais que serviam de alimento, os restos produzidos por suas atividades, as carcaças das caças, seus acampamentos entre outros fatores já atraiam insetos, répteis e roedores oportunistas, e, como é fácil imaginar, à medida que aprendemos a plantar e criar animais para alimentação, nossa necessidade de vagar pelo mundo diminuiu, mas reunimos muito rapidamente as condições e as facilidades para a rápida infestação e adaptação desses animais, que acabaram se tornando as pragas domésticas.

Para muitos povos antigos, as pragas, os problemas de saúde e as doenças eram considerados castigos e punições impostas pelos deuses. Para nós, aqui no Brasil, talvez o exemplo mais conhecido dessa visão seja a passagem das pragas do Egito da Bíblia. Mas em muitos outros textos sagrados há referências às pragas e seus perigos. E os homens aprenderam a lidar com essas ameaças observando e utilizando a fé e a natureza como aliadas.

Desde os escritos mais antigos sobre a saúde encontramos receitas, rituais, amuletos, poções, defumadores e outras práticas para repelir ou eliminar as pragas, desde os mosquitos até as serpentes…Para a medicina tradicional chinesa, a presença das pragas era o resultado do desequilíbrio da energia vital, chamada Qi. E para enfrentar esses problemas, era indicado o cuidado com o corpo (higiene, alimentação e exercício) e com o ambiente (limpeza, luz do Sol, asseio). As doenças causadas pelas pragas eram tratadas por plantas medicinais e o óleo de eucalipto era considerado um dos principais produtos repelentes para evitar seu aparecimento.

A medicina tradicional da Índia, Ayurveda, é uma das mais antigas conhecidas, com aproximadamente 5000 anos de história. Em seus livros as pragas devem ser tratadas dentro da visão de harmonia com o meio ambiente que orienta todas as práticas de saúde. Várias plantas e óleos essenciais eram indicados pela Ayurveda para controlar as pragas: a lavanda, o manjericão, a citronela e principalmente, diferentes partes da árvore do neen.  Assim como Ayurveda, a medicina do Egito antigo acreditava que o aparecimento de pragas era um sinal da desarmonia dos homens e o meio ambiente. Além do uso de uma infinidade de ervas e poções para repelir o aparecimento das pragas, protegendo as pessoas e as plantações, os egípcios apelavam principalmente para a religião, e algumas pragas eram tão importantes que contavam com deuses específicos, como era o caso de Serket, a Deusa-Escorpião.

Quando os europeus chegaram ao continente americano, encontraram um rico conjunto de práticas médicas e de cuidados com a saúde que os povos originários desenvolveram para lidar com as pragas. Alguns povos dominavam sistemas de incineração e compostagem para lidar com o lixo. Havia especial preocupação com a proliferação de mosquitos e a eliminação dos seus focos, e o uso de plantas e ervas também tinha muito destaque nas práticas de controle de pragas, entre elas, as de maior destaque eram o capim limão, a andiroba, o alecrim e a citronela.

Um dos principais legados desse grande conjunto de conhecimentos populares, produzido por milênios de experiência e aplicação prática por povos tradicionais em diferentes partes do planeta, mostra que as condições para a proliferação de pragas são um efeito indesejado do desequilíbrio ambiental, mas que também existe a possibilidade do uso de produtos naturais como ferramentas de controle de pragas, e muitos centros de pesquisa ao redor do mundo utilizam essa sabedoria tradicional como ponto de partida para o desenvolvimento de produtos eficientes, seguros e sustentáveis para controle de inúmeras pragas. A agricultura orgânica já faz uso dessas ferramentas em larga escala há alguns anos, e no controle de pragas domésticas também já existem algumas dessas alternativas. Mas vamos com calma, hoje em dia proliferam “receitas caseiras de inseticidas naturais contra isso e aquilo”, e isso pode ser perigoso. Embora esses produtos tenham origem natural, como toda substância também podem apresentar efeitos adversos e tóxicos, especialmente para crianças, idosos e PETs, por isso sua aplicação deve ser orientada conforme as recomendações técnicas mais adequadas e, preferencialmente, por um profissional capacitado para seu manuseio seguro.

Se você suspeitar de uma infestação de pragas, chame um profissional de controle de pragas. Eles podem ajudar a identificar a praga e fornecer tratamentos eficazes para eliminá-las. Aqui mesmo em nosso site, você pode encontrar. Basta acessar no menu inicial: Empresa Filiada e encontre uma perto de você.


Gostou? Ficou alguma Dúvida? Comente! O autor responderá sua dúvida!

Siga o PICCIP no Instagram e no YouTube

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Informações do Autor:

Leia também:

Não é possível copiar o conteúdo desta página

ENTRAR

Olá, visitante

Como se tornar um filiado?

Saiba como se tornar um filiado ao PiCCiP.

Para se tornar uma empresa filiada ao PICCIP e passar a usufruir de todos os benefícios, é necessário:

  • Efetuar o cadastro de filiação
  • CNPJ (emitido pelo site da Receita Federal)
  • Possuir licença ambiental e/ou sanitária, de acordo com o estabelecido nas legislações do estado e/ou município onde estiver estabelecido;
  • Possuir responsável técnico com registro no conselho profissional competente;
  • Estar registrada no mesmo conselho profissional do seu responsável técnico.
  • Efetuar taxa de adesão e taxa de mensalidade

        

        Adesão: R$ 800,00 (oitocentos reais).

     Mensalidade: R$ 400,00(quatrocentos reais).

 

Aproveite a PROMOÇÃO vigente. Clique na imagem abaixo!

Torne-se um filiado agora