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Pragas urbanas, como você já deve saber, são riscos muito importantes para a economia, o bem-estar e, principalmente, para a saúde das pessoas.
Podemos chamar de pragas um número bem grande de animais que, de uma maneira ou de outra, podem nos causar prejuízos ou danos com maior ou menor gravidade. Sendo assim, animais que podem causar envenenamentos em humanos, e em nossos animais de criação e companhia, são considerados também como pragas, como muitos deles conseguem viver nas cidades, são considerados pragas urbanas assim como os roedores, as baratas, as formigas etc. Você, leitor do PICCIP, já deve estar desconfiado que estamos falando dos animais peçonhentos, não é mesmo? Mas, você sabia que o Brasil é um dos países com maior tradição em pesquisas sobre esses animais? E que no Sistema Único de Saúde, o SUS, existe uma estratégia de atenção às pessoas picadas que é gratuita, muito eficiente e considerada um modelo para muitos países? E isso é muito importante.
Os acidentes com animais peçonhentos têm um impacto tão negativo sobre o desenvolvimento das comunidades mais vulneráveis do mundo, que fez a Organização Mundial da Saúde classificar as picadas de cobra (que chamamos de ofidismo) como uma Doença Tropical altamente prioritária desde 2017. Mas, embora o ofidismo seja muito importante, os acidentes com animais peçonhentos que mais aumentam no mundo, e especialmente no Brasil, são as picadas por escorpiões. Em nosso país as picadas por escorpiões registradas pelo Ministério da Saúde aumentaram quase 1000% (isso mesmo! Mil por cento) nos últimos vinte anos. Existem muitos fatores envolvidos nesse aumento, mas um dos principais é o oportunismo e a potente ação do veneno da nossa espécie mais perigosa, o escorpião amarelo, chamado pelos cientistas de Tityus serrulatus. Esse escorpião se reproduz de maneira assexuada, ou seja, na maioria das suas populações somente existem fêmeas e elas dão cria a muitos filhotes a cada ano (já foram contados mais de 50!). Além dessa grande capacidade reprodutiva, essa espécie é muito oportunista, podendo infestar e proliferar em áreas totalmente modificadas por nós, como as galerias de esgoto, as frestas de paredes, pilhas de materiais de construção etc. Nesses locais seu alimento preferencial são as baratas, que encontram muito facilmente e em grande número. Mas mesmo se não encontrarem alimento farto, para esse escorpião não há problema. Existem experimentos em que esses animais ficaram até 400 dia sem comer antes de morrer…
Além dessa grande capacidade de sobrevivência, as toxinas do veneno dessa espécie de escorpião atuam com muita rapidez e de maneira muito potente logo depois da picada, causando dor local forte, um pequeno inchaço, suor localizado, dor de cabeça, agitação, alteração dos batimentos cardíacos e da respiração, náuseas, vômitos (que podem ser um sinal de gravidade) e muitos outros problemas. Os acidentes com crianças e idosos apresentam chance muito maior de complicar e devem ser tratados o mais rapidamente possível. O ideal é procurar atendimento médico imediatamente nos casos de suspeita de picadas por escorpiões.
Os escorpiões têm hábitos noturnos, e por causa disso usam pouco a visão. Para compensar, desenvolveram uma série de órgão sensoriais que ficam espalhados pelo seu corpo. Entre esses órgãos, os principais são os pentes, que ficam na parte de baixo do seu corpo em contato com a superfície por onde andam. Os pentes são capazes de identificar estímulos físicos, como a rugosidade do solo e estímulos químicos, como o tratamento de uma área com inseticidas ou o uso de materiais de limpeza muito ativos. Quando os escorpiões percebem essas sustâncias tentam fugir desses locais, o que pode causar sua dispersão e aumentar os riscos para as pessoas.
O aumento dos casos de picadas por escorpiões no Brasil, aumentou a preocupação das pessoas e autoridades sobre esse problema e uma série de medidas passaram a ser adotadas para prevenir acidentes. As empresas de controle de pragas que levam seu trabalho a sério e fabricantes de inseticidas de boa qualidade também têm contribuído nesses esforços. Foram trazidos para o Brasil, produtos com formulações que diminuem a capacidade dos escorpiões em perceber o tratamento e as equipes das empresas passaram a ser treinadas frequentemente sobre como fazer o correto diagnóstico e selecionar qual a melhor estratégia de controle de escorpiões de maneira eficiente e segura. Por isso, é muito importante que as pessoas NÃO usem inseticidas por conta própria no caso de infestação por escorpiões e procurem profissionais capacitados para seu controle.
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Se você suspeitar de uma infestação, chame um profissional de controle de pragas. Eles podem ajudar a identificar a praga e fornecer tratamentos eficazes para eliminá-las. Aqui mesmo em nosso site, você pode encontrar. Basta clicar aqui: Empresas Filiadas e encontre uma perto de você.
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