Saiba como proteger sua saúde conhecendo os segredos que envolvem o controle de pragas!
Se voltarmos no tempo, veremos que a humanidade sempre enfrentou desafios relacionados a infestações e epidemias de pragas. Do Egito antigo ao século passado, as comunidades tiveram que encontrar maneiras de lidar com essas ameaças à saúde. Hoje, ao contratarmos uma empresa para realizar o serviço de controle de pragas, é fundamental nos preocuparmos com a forma como essa tarefa será executada, até porque é nossa saúde que está em jogo.
DDT: Herói e Vilão
Na década de 1940, o DDT, composto químico derivado de Dicloro/Difenil/Tricloroetano, do qual se originou o termo dedetização, emergiu como um herói, erradicando a malária e salvando vidas. No entanto, seu sucesso desencadeou uma onda entusiasmada de marketing, associando produtos à base de DDT à proteção da família. As propagandas eram repletas de imagens idílicas de mães e bebês, destacando a suposta segurança proporcionada pelo produto.
Em um segundo momento, a triste realidade veio à tona após pouco mais de uma década. O DDT causava danos graves a pessoas, animais e ao meio ambiente. Contaminou os lençóis freáticos, atingindo lagos, rios, pastos dos animais e plantações. Como consequência, pessoas que não tiveram contato direto com o DDT também ficaram contaminadas ao consumirem água e produtos extraídos da agricultura, carne, peixes e aves contaminados. A intensa propaganda dos produtos do DDT, patrocinada inadvertidamente pelas indústrias químicas da época, criou um paradigma negativo, estendendo-se até hoje, onde a dedetização é vista como a única solução para o controle de pragas.
A revolução nos anos 70 e a atitude brasileira em 2009
Na década de 1970, a maioria dos países proibiu o DDT, forçando as indústrias a repensarem o controle de pragas com produtos químicos cujos princípios ativos fossem biodegradáveis, permanecendo por pouco tempo no ambiente. No Brasil, a Lei n.º 11.936, em maio de 2009, proibiu o DDT e produtos derivados. Em outubro de 2009, a Anvisa estabeleceu diretrizes para empresas especializadas em controle de vetores e pragas urbanas, onde a aplicação do produto químico seria não a única ação, mas um dos componentes das estratégias de combate, visando minimizar riscos à saúde e impacto ambiental. Nesse contexto, as empresas especializadas passariam a se concentrar nas necessidades dos seus clientes e a adotar abordagens consultivas e práticas de gestão personalizadas.
O desafio do Controle Integrado de Pragas
Apesar das importantes orientações da Anvisa, o CIP – Controle Integrado de Pragas urbanas ficou obscurecido por falta de divulgação nas mídias. A população, que é a parte principal disso tudo, não tomou conhecimento das mudanças estratégicas de controle de pragas que estavam sendo orientadas pela Anvisa.
Para entender melhor o que o CIP significa para a segurança das pessoas, dos animais de estimação e para o meio ambiente, vamos fazer uma analogia usada pela bióloga e mestre em saúde pública Lúcia Schuller, que comparou os componentes do CIP com as engrenagens do motor de um carro. Essas engrenagens precisam funcionar em perfeita harmonia entre si para que o carro funcione com eficiência. Se qualquer uma dessas engrenagens apresentar uma rotação diferente da programada, ela começa a interferir no funcionamento das outras, sobrecarregando-as e, consequentemente, o veículo passa a ter um maior consumo de combustível, óleo lubrificante e líquido de arrefecimento.
Da mesma forma, no CIP, essas engrenagens, onde cada uma tem seu papel, como inspeção detalhada, educação, higienização, manutenção, exclusão, aplicação de praguicidas e monitoramento, principalmente. Assim como uma engrenagem defeituosa no motor pode sobrecarregar outras e prejudicar o funcionamento do carro, causando prejuízos materiais, um controle de pragas desequilibrado pode levar ao excesso de aplicação de praguicidas, o que pode oferecer riscos à saúde das pessoas e impactos ambientais.
O profissional de controle de pragas precisa operar como um motor harmonioso, com cada componente desempenhando seu papel.
Responsabilidade e Licenciamento
Uma empresa especializada deve ter um responsável técnico registrado e licenciamento adequado. O controle integrado de pragas é uma orquestração de esforços, onde a responsabilidade e a conformidade são essenciais.
De acordo com a Anvisa, o responsável técnico é o “profissional de nível superior ou de nível médio profissionalizante, com treinamento específico na área em que assumir a responsabilidade técnica. Ele deve manter-se sempre atualizado e devidamente habilitado pelo respectivo conselho profissional. O responsável técnico é diretamente responsável pela execução dos serviços, treinamento dos operadores, aquisição de produtos saneantes desinfestantes e equipamentos, orientação da forma correta de aplicação dos produtos no cumprimento das tarefas inerentes ao controle de vetores e pragas urbanas, e por possíveis danos que possam ocorrer à saúde e ao ambiente.”
Ao escolher uma empresa de controle de pragas, o contratante do serviço deve estar ciente de sua abordagem integrada, priorizando a saúde e o meio ambiente. Ele deve entender que também faz parte do processo, cumprindo algumas ações específicas, como manutenções regulares nas estruturas e higienização correta, entre outras, que fazem parte das orientações dadas pelo profissional contratado. Não deve aceitar que o paradigma negativo da dedetização obscureça a importância do controle integrado de pragas. Portanto, é importante ficar atento e solicitar a documentação técnica da empresa que pretende contratar. É hora de mudarmos a narrativa e garantir um ambiente seguro e equilibrado para todos.
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2 respostas
Parabéns!!!
Muito boa a abordagem de um tema aparentemente simples porém muito complexo.
“Responsabilidades acima de tudo” “