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Carrapato estrela: o principal vetor da febre maculosa no Brasil

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Carrapato estrela: o principal vetor da febre maculosa no Brasil

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Durante esses últimos dias, muitas pessoas ficaram atônitas e preocupadas com as notícias sobre uma sequência de óbitos causados por uma doença que muita gente nunca ouviu falar: a febre maculosa.

Essa doença é transmitida principalmente pela picada de carrapatos e chama muita atenção de médicos e pesquisadores pela sua alta letalidade e pela rapidez com que pode levar à morte. É causada por um grupo de bactérias chamadas de Rickettsia ou simplesmente riquétsias em português. Esses agentes infecciosos são encontrados em praticamente todo o planeta e se aproveitam de animais parentes das aranhas e escorpiões, os ácaros e os carrapatos, para alcançar o corpo humano, se multiplicar rapidamente, infestar vários órgãos, causando um quadro clínico com febre, mal-estar, dor de cabeça, dor abdominal, diarreia e manchas avermelhadas pelo corpo. Um quadro que inicialmente é semelhante, e muitas vezes confundido, com a dengue ou outras infecções febris, mas que se agrava rapidamente, podendo levar ao aparecimento de áreas com necroses nas extremidades do corpo. A rapidez da evolução para gravidade nos casos de febre maculosa, muitas vezes em menos de dez dias, faz com que o diagnóstico precoce e o início do tratamento sejam muito importantes para a cura do paciente.

Como essa doença não é muito frequente e seu quadro clínico pode ser confundido com outras infecções bem mais comuns, o levantamento do histórico anterior ao início dos sintomas é de extrema importância para o correto diagnóstico, pois, através desse histórico, é possível descobrir se as pessoas estiveram em locais propícios para o contato com carrapatos. É nessa etapa que o conhecimento básico sobre os hábitos e a biologia dos carrapatos assume um papel de destaque e pode contribuir para salvar a vida de uma pessoa.

No Brasil, a forma mais grave de febre maculosa está associada ao chamado “carrapato estrela”, um animal encontrado facilmente em várias regiões do país. Carrapatos são parasitas que infestam as áreas externas do corpo e que, para viver, precisam se alimentar do sangue de animais que são seus hospedeiros, como roedores, cães, macacos e seres humanos. Seu ciclo de vida é bastante complexo e possui quatro fases: ovo, larva, ninfa e adulto. As fêmeas adultas dos carrapatos, depois de fecundadas pelos machos, sugam uma grande quantidade de sangue, aumentando muito seu tamanho corporal, e passam a produzir milhares de ovos. Nessa fase, algumas espécies transferem diretamente para os ovos as bactérias que causam a doença, o que torna cada uma das futuras larvas minúsculas, que chamamos de micuim, um potencial agente transmissor da doença. As fêmeas cheias de sangue (que chamamos de ingurgitadas) se soltam do hospedeiro e caem no ambiente, onde procuram um lugar protegido para fazer a postura de seus ovos. Nesse local abrigado, eclodem as pequenas larvas, que irão se dispersar pelos ramos da vegetação e esperar a passagem de outro animal. Quando se prendem ao corpo desse novo hospedeiro, os micuins passam a se alimentar do seu sangue e restos de pele, passando ao estágio de ninfas e, depois, transformam-se em adultos, reiniciando todo esse ciclo novamente.

Na natureza, o carrapato estrela parasita capivaras, cervos e outros animais selvagens, mas a proximidade desses bichos com os humanos e seus rebanhos de criação permite a infestação do gado, cavalos, ovelhas, cachorros, gatos e, é claro, das pessoas, que muitas vezes, ao simplesmente transitar ou repousar em uma pastagem ou gramado infestado com micuins, são infestadas por dezenas, às vezes centenas, de carrapatos.

Os cuidados com a saúde dos animais de rebanho e de estimação, o controle dos carrapatos no ambiente, o cuidado com as plantações e jardins e o uso de repelentes ao visitar áreas com histórico ou suspeita da ocorrência de carrapatos são medidas muito úteis para a prevenção de infestações por esses animais e servem como proteção contra a febre maculosa. Outra dica é usar roupas claras ao passear em um local propício para carrapatos. Essas roupas muitas vezes permitem visualizar os micuins tentando subir em nosso corpo. E, em caso de apresentar qualquer manifestação descrita acima depois de frequentar um local “suspeito” da ocorrência de carrapatos (parques, pousadas, fazendas, sítios, pastos, matas, trilhas etc.), procure socorro médico imediatamente e relate sua passagem por esse ambiente.

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Se você suspeitar de uma infestação de pragas, chame um profissional de controle de pragas. Eles podem ajudar a identificar a praga e fornecer tratamentos eficazes para eliminá-las. Aqui mesmo em nosso site, você pode encontrar. Basta acessar no menu inicial: Empresas Filiadas e encontre uma perto de você.

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